segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Resenha biográfica III

Isto hoje está muito fraquinho como se pode constatar.
Só me vem à cabeça um comjunto de experiências e de anos menos agradáveis.
Amanhã é um novo dia.




Resenha biográfica II

Isto aconteceu (acontece) num minuto da minha vida.
Não consigo lembrar-me do dia.Foi há uns anos ou hoje.


Um bocadinho de morte

O meu irmão morreu num sonho.
Levei uma noite inteira a construir uma realidade dentro da minha cabeça que me fez acordar a chorar copiosamente.
Tive um pesadelo em que um dos meus irmãos morria num acidente de automóvel. Tão real foi que passei pela fase do funeral, da saudade que até come o coração.
Andava sem qualquer controlo. Deixei crescer a barba, comecei a beber e a dizer coisas sem nexo.A afastar-me de tudo e todos.
Felizmente foi só um pesadelo. Ainda no sábado lhe ouvi a voz.
E por dentro, senti um alívio que não se consegue traduzir por palavras.

Saltar ao Ar.Co

Cansado que ando da vidinha de todos os dias, resolvi arranjar coragem e consultar o programa de formação do Ar.Co. E aqui começa a chatice...
A minha grande dúvida reside em qual dos cursos prosseguir.
Sinto uma enorme necessidade de aprender.Isso antes de tudo.Acredito que maior parte das pessoas vai para estas coisas com pinta de génio, certos que vão ser descobertos como a oitava maravilha do mundo.
Eu só quero que me expliquem e puxem por mim.
Preciso de deitar cá para fora o que me passa pela almazinha.Que me digam se são ideias válidas ou uma merda pegada.
Adoro a maleabilidade do video.Mas gostava de combinar isso com escultura utilizando metal (adoro este material.Pode transmitir uma sensação de pureza.Ou melhor ainda. A textura do metal ferrugento tem qualquer coisa que me encanta) ou plástico por exemplo.
Conselho da senhora da secretaria?Mande um mail que nós encaminhamos para o departamento de vídeo.poisss...
(suspiro)E o trabalhão que escrever este mail me vai dar? Ir em busca do nome dos gajos que fui vendo ao longo dos anos e que achei graça, para explicar o que quero?
Enfim, há coisas piores :)

Resenha biográfica




Basta a letra...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Safa, já chega

Ainda não percebi qual dos vizinhos dos prédios em redor houve em repeat o "shine on your crazy diamond".Porra pá!!!
Os gajos têm mais discos...
Esta por exemplo, com o syd barret hein?
Experimentem a sério, gaita.


O povo sempre em grande II-O regresso do povo

A: coitada, uma amiga minha vai ter que ser operada à vista...

B: Porquê? "arrebetaram-lhe" com o olho?


Wunderbar...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Conclusão do dia

Que se lixem as chatices do dia!
Isto é que interessa no fundo, a sério.




Se era para isto podiam estar sossegados




Pac-man. Aqui está um jogo que sempre me lixou.Nunca passei do 2º nível, nem com todas tácticas que me passaram pela cabeça.Mas ainda hoje vou tentando no telemóvel.
Porque me lembra as pequenas coisas da infância.
Surgiu a páginas tantas o super pac-man ou uma treta qualquer do género. Era muiiiito diferente.Porque o bonequinho saltava por cima dos fantasmas. Genial, certo?
Não, nem por isso.Era tudo igual, mas ainda mais difícil.
Vem isto a propósito do "Tron Legacy".
O "Tron" foi daqueles filmes que quando surgiu, marcou todos os rapazitos que o viram. Um gajo dentro de um computador?A lutar com personagens de zx spectrum 48K?
E pronto, motivado pelo saudosismo vi novamente o filme original como estágio para a sequela.Envelheceu mal, mas percebo (e sinto) o fascínio infantil que aquilo tem.
O segundo filme, lamento informar é uma desgraça completa. Já vimos 350 mil vezes um gajo dentro de um computador, donde isso só não chega.
Imagens geradas informaticamente eram novidade em 1982, hoje aparecem a pontapé.
O Jeff Bridges pela enésima vez a personificar o "Dude Lebowski" não ajuda.
E era necessário uma estória tão confusa, tão escrita à pressão?
Buracos de argumento só se apanham com a ajuda de papel e lápis tal a quantidade.
Resumindo: Tem bom aspecto, tem.
Mas parece algodão doce. Alegra a vista, sabe bem e depois lixa o estômago a um gajo.

O povo sempre em grande


Rua de Lisboa
A: Mas o teu tem tracção à traseira não é?

B
parado com uma banca de morangos, dá um bafo no cigarro enquanto passa uma jovem bem apessoada
B: Era tracção atrás, ou à frente!!! Como desse mais jeito e a mudança entrasse...
Charming...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Já se estava mesmo a ver não é verdade?

Não tenho qualquer tipo de pudor em afirmar que ontem votei em branco.
Apanhei um frio do caraças mas desloquei-me, fui cumprir o meu papel.
De uma maneira muito simples, nenhum dos candidatos me dizia o quer que fosse.
Um robot que funciona com uma chave em forma de foice e martelo, um maluquinho das ilhas e o resto é melhor nem falar.
E lá ganhou quem se esperava. O esmerado Professor (assim por extenso) Aníbal António Cavaco Silva. O pior primeiro ministro que este país teve. Que incutiu nestas cabeças duras o axioma portugal + fundos europeus=regabofe.
Bem me lembro do gajo e do que andou a fazer na década de 80/90. Já tinha quinze anos, sabia ler e dava com o comando da televisão.
O pior presidente que o regime democrático elegeu.
Nem tive dúvidas quanto ao resultado obtido.
Cavaco demonstrou quem de facto é(caso houvesse dúvidas)nesta campanha quando veio afirmar que uma segunda volta iria fazer subir os juros da dívida pública. Isto para mim representa a dificuldade com a convivência da opinião dos outros. Torna os outros em objectos, só servem como elemento necessário para o plebiscito.
E depois, "la pièce de résistance". O discurso de vitória. Ressabiado, mesquinho, pequenino,cinzento, pulheco. Com maldadezinha popular: "papei-vos a todos, toma na pá!!!".
Face a isto, é triste assumir mas não merecemos muito como povo.
Escolhemos na verdade quem nos somos.
Não quem teriamos o direito de sonhar.
P.S: Mário Soares veio dizer que a campanha foi desgradável. Como a que teve nas últimas eleições com manuel alegre? Ou quando foi à Marinha Grande levar uns carolos que lhe garantiram a eleição como presidente?Isso foi desagradável mas na altura deu jeito, certo?



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Porque a vida não é so desgraças

Acho sinceramente que o humor é das melhores coisas deste mundo.A capacidade de rir é o que distingue os seres humanos dos animais e dos fans da lady gaga.
A somar a todos aqueles cómicos que fui referindo noutras alturas, junto agora o conan o'brien.
Eu exijo uma série do "flaming conan"! Merchandising para colocar a cabeça da minha cara metade em água!
A luva a fumegar bate a visão de calor do super homem aos pontos. Muito bom!


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Anti depressivo

Para muita gente, a música do Morrissey deve deitar abaixo como uma parede de tijolos.
Para mim sempre teve o efeito contrário. Quando o ouço a cantar estas pérolas
(As I live and breathe/You have killed me) sinto-me...acompanhado.
As coisas não podem correr mal quando descobrimos que outrem fez contas às horas desperdiçadas em grandes nadas.
Bem haja. Ele, o Proust, e todos os outros magníficos neuróticos que se dedicaram a partilhar o conteúdo da alminha.


Bonecos de peluche

Os reflexos nos olhos dos cegos. Das coisas que mais me assusta.
Parecem os vidros nas caras dos ursos de peluche. Pergunto muitas vezes a mim mesmo se aqueles ouvem e tacteiam tão bem como os bichos de brincar.
Ao ficarem a um canto de um quarto, silenciosos com as bengalas de teia de aranha e pó que vão acumulando nos braços moles.
Conheci em tempos uma rapariga (Será que se continua a poder chamar amiga a alguém que não vemos vai para seis anos.De quem não nos lembramos do nome do filho?Provavelmente não.Passa de pessoa a item numa lista de contactos mudos) a quem o mais que tudo oferecia um peluche sempre que não resistia ao chamamento da pele alheia.
Por força disto já tinha uma colecção de ursos de pano, capturados em zoo de centro comercial. Centros de acolhimento criados para disseminar animais destinados ao altar do perdão alheio.
O que mais me impressionava na colectânea, era um gigantesco Silvestre sem o Piu-Piu de apoio.Mais alto que eu.
E lá estava, parado e vestido de mosqueteiro. Espada de plástico em punho, como as bengalas dos cegos.
Se calhar é isso que me assusta.Ficar transformado em boneco de peluche.
Saber que por este mundo fora, existem pessoas a quem oferecem cegos para lembrar o que não viram.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Há limites para o que um gajo aguenta

Um saco de gomas só tem 300 gramas!? Um filme gravado na box e puff, acabou...
Mas andamos a brincar com coisas sérias?

O melhor do pior

Inspirado pela magnífica bodega que é o "turista", vou tentar quando a memória me permitir partilhar convosco alguns dos piores filmes que vi na vida.
Armar-me em inteligente e dissertar sobre o "citizen kane" ou o "taxi driver" fica para depois.
Isto é só um sinal de alerta.Depois não digam que não vos avisei.
Não vou começar com um filme de terror ou com um filme do tom green, isso era muito óbvio.
Vamos ao "the green berets" de e com john wayne. Esta pérola datada de 1968, consegue ainda assim ter lugar na história do cinema como uma das primeiras películas sobre o conflito do vietname. Aqui o carismático (pois...) wayne é o fabuloso coronel mike kirby, um militar a sério. Responsável por um pelotão de boinas verdes em plena mata vietnamita é no fundo um gajo porreiro que salva criancinhas locais e muda por completo a visão de um jornalista liberal.
Sim, porque com determinadas pessoas só na base da porrada.
Maniqueísta até dizer chega, não passa de uma apologia acéfala da política norte americana de então.
Por estranho que pareça, não anda muito longe do espírito do "platoon" do oliver stone décadas depois.Por mais que este negue, a ladaínha é a mesma.Os militares são sempre gajos impecáveis que sofrem como o caraças porque existe gente má neste mundo.
A única diferença é que wayne é um pouco mais óbvio nas suas intenções. Bem haja por isso ao menos.
P.S. Reparem na forma como os nomes dos actores são apresentados. Tão mau que dá a volta e se torna bom.


Juro que não entendo

"Não mandas em mim!Vai pró caralho..."
Este acepipe verbal foi retirado de uma conversa entre três senhoras que tive o prazer de acompanhar na paragem do autocarro.
Trata-se da resposta do filho de uma delas à insistência maternal em se deslocar para a mesa e tomar a refeição em família.
Não sei o que me choca mais.Ok, para além da resposta do petiz mas isso é demasiado óbvio.Mas já lá iremos.
Para já, um progenitor confessar que a sua descendência chegou a este descalabro de educação.
Depois, o partilhar com outrem esta autêntica brutalidade. Se fosse um filho meu estava calado. Andava com um saco de papel na cabeça.
E só nesta fase consigo pensar no que está na base do que a criança disse. Vive obviamente num ambiente que não é decerto o mais correcto para ser educada, nem por quem tem capacidades para tal. Ter um filho parece-me fácil (não sou pai mas acho que entendo a mecânica da coisa), educar e formar um novo ser é que deve ser complicado.
Lamento, mas acho que muita gente não está habilitada para o efeito. Porque enquanto adultos são eles próprios uns grunhos.Não respeitam nada nem ninguém.Basta estar numa fila deste país, entrar numa sala de cinema por exemplo para se ter esta noção.
Tenho sobrinhos e um irmão pequeno e jamais me passaria pela cabeça que tivessem uma tirada destas.Porque lhes foi ensinado respeito pelos outros.
Não me venham com a treta dos deveres da sociedade e da escola na educação infantil.
Se calhar estou a ficar velho, mas como dizia o meu avô, a educação começa em casa.

P.S: Não me esqueci da criança. Partia-lhe a pequena cabeça de encontro a uma parede.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vice versa

Costumo ver a passar na minha rua um velhote de uns 80 anos a passear um cão igualmente velhote.
Lá vão os dois com passo lento, o mesmo ar de quem já cá anda vai para um porradão de tempo. Arfando com falta de ar sem prestarem atenção a quem com eles se cruza no caminho.
De manhã cedo lá os vejo a caminhar. O mesmo ritual de passeio ao fim do dia.
Dou por mim a pensar. Desde quando partilham a vida estes dois seres?
Eu que partilho o meu espaço ( este verbo é muito diferente do "TER") com uma gatita, sou eu que vou apanhando os tiques dela ou ela os meus?
Basicamente acabamos por partilhar muita coisa. Gosto de pensar que somos amigos.Só isso.
A única diferença é o facto de sermos ligeiramente diferentes fisicamente. Por dentro, somos iguais.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Afinal, Kafka tinha razão

Não sei se já aconteceu a alguém que leia este texto, mas já tive o desprazer na minha vida de me ver suspeito da prática de um crime.Por duas vezes.
Quando ainda por cima, sempre se acrescenta que em nenhuma das situações ocorreu algum tipo de ilícito...
Nas duas ocasiões tudo resultou de coicidências factuais f&(&%%(/s, maldade ou faltar de pensar de outrem.
Foram situações distintas quer no tempo, nas pessoas envolvidas e na configuração.
Sem entrar em grandes pormenores que só reduzem a quem me colocou nestes assados, digo-vos que a sensação que nos assalta é pior do que tudo aquilo que possam imaginar. O sentido de injustiça é tão avassalador, que nos coloca fisicamente doentes.Vómitos, impotência.É esmagador.
Não desejo ao meu pior inimigo.
E lamento, mas por mais pedidos de desculpa que haja depois de as situações estarem esclarecidas, nada nos faz ultrapassar o que sentimos em relação a quem assim procede.
Há linhas que se cruzam, das quais não existe retorno.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Melancolia pela manhã

Ouvi pela primeira vez esta canção no "lobisomem americano em londres", na versão do sam cooke. Quase toda a gente que passou por este planeta e que cantou tem uma cover disto. Desde o presley ao sinatra, passando pelo rod stewart (vamos esquecer esta ok?).
Esta que coloco deve ser das primeiras, senão a primeira. Adoro o tom meio melancólico, meio gótico da voz. Parece algo vindo de um tempo indefinido. No dia em que realizar o meu filme de terror , (sonhar não custa e já vi tantos que já percebi como a coisa funciona) isto vai para a banda sonora. Na parte em que o mundo vai para o galheiro, claro...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Como ultrapassar deus pela direita e de qualquer maneira

As convicções são como os assentos dos carros.Amovíveis.
Quando tinha seis anos, a minha mãe achou por bem espetar comigo na catequese.
Ora e agora que vejo à distância com o filtro dos anos, estar numa sala em 1981 com uma fotografia do cardeal cerejeira, é de notar que estava destinado à asneira.
Ao princípio é tudo muito giro. Livros para colorir, plasticina, jogos florais para entreter a criançada. Rapidamente e como em qualquer droga (sim, estou a medir bem as palavras), aquilo vicia e quando se dá por isso vem a ressaca.
Na figura da culpa, que nos é martelada nas trombas. E ficamos irremediavelmente presos.Emocionalmente, para uma criança é brutal ser informado que alguém sofreu daquela forma porque somos fraquinhos e caímos em pecado.
Vai daí, continuamos o trajecto cada vez mais absurdo do ponto de vista lógico.Tudo é como é porque sim.ponto.
Questionar é ter falta de fé, é faltar ao respeito pelo sofrimento de jesus.
Hoje já consigo perguntar:
" E eu pedi-lhe alguma coisa!?"
Se sou assim tão falível, e é dado como adquirido que vou pecar ao longo da vida, necessitando de mo lembrar passa um pouco por masoquismo na forma continuada com toques de alzheimer, não?
Com o passar do tempo e ao contrário do que se possa pensar, pelo menos na minha experiência, as coisas não vão ficando mais abertas em termos de discussão.
O "grupo de jovens" já pressupõe que um gajo não questiona.Discute no vazio.
Resolvi bater com a porta quanto à religião pela primeira vez devido a uma destas reuniões de adolescentes.
Quem dirigia a reunião, afirmou que deus estava com todos. Menos com as prostitutas e os toxicodependentes.Na altura revoltou-me.
Hoje, acho que freud é capaz de explicar muita coisa quanto a esta frase.
Voltei passado uns anos.Desconfiado quanto à utilidade do regresso, mas voltei.
Fiz o crisma sem convicção nenhuma.
Estou a resumir aqui um trajecto de anos que ainda me vai levar a carregar em muita tecla.
O ter-me afastado definitivamente não foi difícil do ponto de vista racional.
Sentimentalmente, foi horrível. Deus parece o frio, entranha-se nos ossos.
O medo da morte no vazio é um dos principais obstáculos.Ouvir desde pequeno que existe um céu para as pessoas boas (o que é isso já agora?)marca. Dá-nos um sentido definido e último.
O meu primeiro passo foi perder esse medo.Morremos, e está feito.
Sejamos verdadeiros seres humanos pelo valor intrinseco.Não por uma recompensa final.
Ironicamente, e acho que este último ponto vai dar outro momento de reflexão escrita, quem acabou por me afastar em definitivo foram os próprios crentes.
Aqueles que vão à igreja num mês muito mais do que eu já fui na vida toda provavelmente, e não vejo colocarem em prática um décimo do que apregoam.Batam as vezes que baterem com a mãozinha no peito...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As pessoas não são todas iguais

Por estranho que pareça, e por mais formatadas que as pessoas andem por força das circunstâncias não somos todos iguais.
Não sentimos todos o mesmo, não temos todos a mesma capacidade de ver a parte laboral como tudo aquilo para que vivemos.Vai-se fazendo, com calma.
Existem pessoas viciadas no trabalho.Compreendo. Eu sou viciado em livros e artes plásticas. Coisas que não dão dinheiro como diz o meu pai.Mas que me definem como um ser humano autónomo.
Dias existem em que é complicado andar nesta linha ténue.A cabeça permanentemente no ar, com sacos de cimento de 50 kilos a puxarem para baixo.
Como cantava o Cobain "I'm worse at what i do best/and for this gift i feel blessed".
Quando ouvi este verso pela primeira vez, tive a sensação de me terem lido por inteiro os pensamentos. Acho que ninguém acaba por saber na realidade, a 100% o que faz melhor que ninguém.Tende calma, que até ver, não somos o papel onde escrevemos todos os dias.É importante, mas não é tudo, pelo menos para mim.

sábado, 8 de janeiro de 2011

É ou não é bonito?

Já não me lembro em que filme do Lynch aparece esta música. No "blue velvet" ou no "wild at heart", provavelmente.
Acho que é uma das canções de amor mais lindas de sempre. Fala do bom, do mau.
Do princípio e do fim, com tudo o que está pelo meio, em dois minutos.
Não parece uma coisa mecânica como a celine deon ou outras que tais.
Cruzes, pareço um velhote a escrever...
Admito que me vem sempre uma lagrimita ao canto do olho quando a ouço.



sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Voltando ao tema da minha noite de hoje

A descrição musical do que me espera hoje.Daqui a duas horas...



Tempus fugit

Bolas, só hoje me apercebi que o meu pai está a dias de fazer 60 anos.
Porra, é muito ano. Para quem no espaço de um ano perdeu dois avós, habituados que estamos a que façam parte da nossa vida, é complicado.
Se calhar é um cliche do pior, mas chegamos a um ponto em que damos as pessoas por garantidas. Existem, falamos com elas ao telefone.
Aquela pesssoa em modelo mais jovem andou connosco pela mão, comprou-nos gelados.
Orientou-nos quando nos ocorria qualquer asneira pela cabeça.
Sessenta anos é muito ano.Sem pressas quero compensar os anos em que andei de candeias às avessas com o meu pai.Antes tarde que nunca.
Bem vistas as coisas, descobrimos ambos que não somos más pessoas.

E chegou a noite

Ui que bom!!!
Chegou o fabuloso jantar empresarial, edição de natal.
Ver quem se embebeda na fase dos croquetes, quem se vai escapulir com quem.
Ouvir a malta falar de trabalho.Ad nauseum.
Fiz mais do que tu e por aí fora.
Já desisti de perguntar que filmes viram ou livros leram.Se não são circulares, esqueçam...
Comer as mesmas bodegas do costume. Carne de porco assada ou um péssimo bacalhau espiritual, um deles é de certeza.
As graçolas com os chefes, porque somos todos uma família.
Estou agora na fase de blog cor de rosa.A escolha da roupa. Ou levo uma camisola do star wars, ou uma que diz "paranoid?which one of my enemies told you that!?"
Acho que vou por esta última.Tristemente, a piada vai-se perder por completo...
Depois conto como foi.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Canções para os candidatos presidenciais

Ora cá vai uma mix tape:

Cavaco Silva: "Papa don't preach";

Manuel Alegre: "Won't get fooled again";

Defensor Moura: "Appetite for destruction";

Fernando Nobre: " Shout";

Francisco Lopes: "Stay on these roads";

Pinto Coelho: "Dancing with myself"

Para todos nós: "I wanna be sedated"

Ainda agora começou o ano...

...E já presenciei 3 miúdos a rebentarem com uma garrafa de casal garcia. Às duas e meia da tarde.
Um velhote a ralhar com dois sacos (?) que transportava no metro.Como se os mesmos fossem pessoas, chegando a ameaçar os mesmos de porrada se não se portassem bem.
Uma senhora a quem perguntei, por obrigação profissional se estava tudo bem. Sim, tirando o filho que tinha morrido na véspera, até se estava benzinho...
E ainda só passaram 5 dias de 2011. Cruzes...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Guilty Pleasure

Ok, nada melhor para a alma do que ver qualquer coisa do John Carpenter.
Este gajo anda desde o início da carreira a fazer o mesmo filme, uma vez a seguir à outra. O remake do "el dorado" do hawks.
Dois ou três gajos-de preferência altamente asquerosos-cercados por um bando de energúmenos com intenções no mínimo reprováveis.
Até o "ghosts of mars" me caiu no goto.
Nada ultrapassa o "they live", a melhor crítica que já vi sobre a américa do reagan.Tomara o stone com o "wall street" fazer algo assim.
Acho que vou atacar o "escape from la". Quem não sentir vontade de ver m#%/a a partir depois de ouvir esta música, só pode estar morto.


Comics:Por onde começar

Ano após ano, somos inundados com filmes adaptados de obras de bd. Maioritariamente com base em comics, ou seja o modelo norte-americano de bd.
Geralmente os filmes são tão maus, que o espectador acaba por passar ao lado da obra escrita.
O que é pena, porque nos dias que hoje correm e a par da tv, é onde se encontra estórias bem pensadas, com uma intenção concreta de questionar o que nos rodeia.
Tenho por hábito ler vários títulos, mas vou sou destacar alguns que me parecem interessantes para começarem:

- "American Vampire": A história dos Estados Unidos, desde o século XIX do ponto de vista de um casal de vampiros. Não tem nada a ver com o twilight.Os personagens limitam-se a ser uma versão ainda mais negra do pesadelo americano.

-"Secret Six": Escrito pela melhor guionista de comics (para mim) em actividade, Gail Simone. Um conjunto de mercenários a fazer pela vidinha. Extraordinariamente violento, é verdade, mas a tocar em temas tão importantes como direitos humanos, ganância.

-" Walking Dead": Como viver em sociedade quando os valores que a sustentam desaparecem por efeito de uma catástrofe. Como continuar a ser uma pessoa quando tudo o que resta é a sobrevivência por um fio.

- "Superman": Sim, o super-homem, não gozem. O arco de estória actual é fabuloso.O personagem resolve atravessar os eua a pé.As pequenas cidades, os que perderam tudo e vivem em tendas. Os soldados que voltam do iraque. Para que serve nestas situações um gajo com o poder de um deus?

-"Captain America": Como é que alguém que encarna determinados valores (the american way of life) atravessa uma altura de convulsão social e económica, resultante de algo da qual é imagem de marca?Escrito por Ed Brubacker, um dos melhores guionistas de Bd actuais.

-"Hulk": Estudo de uma família disfuncional levado ao extremo. Quando todos os membros do agregado familiar podem rebentar tudo ao murro e se recriminam uns aos outros, como ganhar um espaço próprio no mundo?Escrito por Greg Pak, que já passou pela tv e de caminho já carrega um conjunto de prémios pelo que fez em trabalho literário.

São só algumas sugestões. Aconselho vivamente a quem se encontra na zona de Lisboa a ir à BDMania, na Rua das Flores, na zona do Chiado.
Não, não tenho quotas na empresa. São pessoas simpáticas que percebem o que vendem e vos sugerem, com 90% de certeza o que procuram.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Estes gajos são como as cerejas.

Um tipo começa a procurar qualquer coisa dos Python e está lixado. Não há nada (para mim) onde este alegre grupinho tenha falhado.
Olho para eles e constituem um padrão para aquilo que acho graça.
Existem outros ao longo da história que admiro profundamente: os Marx, o Preston Sturges, Billy Wilder, Lenny Bruce, George Carlin, Bill Hicks entre outros.
Mas ninguém atingiu o ponto de loucura criativa dos Python. Pegarem nas coisas mais comuns da nossa existência e de pronto levarem as mesmas ao surrealismo extremo.
Conseguia ver a série toda de seguida, enquanto recito de cor um ou outro sketch. Nunca me canso.




Então aí temos um aninho por estrear...

Ora um aninho novo para aproveitar hein?Todos contentinhos verdade?
Façam o que fizerem, seja em trabalho, em família. Seja através dos amigos que têm e que venham a ganhar, espero sinceramente que vos corra pelo melhor. Que dentro do possível, as prioridades que vos aparecerem tenham um bocadinho de escolha vossa.Que não vos seja imposto unilateralmente (como costuma acontecer no trabalho).
Bom ano para todos nós.