quinta-feira, 30 de setembro de 2010

E pronto, batemos no fundo

Já não me consigo lembrar da última vez que vi um noticiário. Até ao dia de ontem.
Foi bonito ver o primeiro ministro, sem a pujança e beicinho irritado.
Uma hora para explicar algo que se resume numa frase:
"Meus senhores estamos todos f($%$&s!"
Acho que já nem vale a pena discutir como atingimos o fundo desta forma, de quem é a culpa. O que o Medina Carreira acha.
A partir de agora, somos oficialmente e perante toda a comunidade internacional, o puto de 5 anos que anda a pintar as paredes com tulicreme.Alguém que não se desenrasca sozinho.
É pena, porque a partir do meu posto de trabalho, vejo muita gente que se esforça.
Extrapolando, chego à conclusão que, e apesar dos calões e penduras que existem, este povo merecia um pouquito melhor.
Merecia uma melhor classe política.
Contratos de trabalho decentes.
Serem tratados como seres humanos.
Mas não.Vamos ser chulados até ao osso.
Acho bonito. Em termos de moda, as coisas estão a voltar aos anos 80.
O governo achou por bem dar-nos uma experiência interactiva completa dessa década.
Daqui a pouco, a emissão segue em 3d, com o fmi a sair do ecran.
Detesto citações, mas lembrei-me agora de uma de César. "Os iberos não governam, nem se deixam governar".
Séculos depois, a merda é a mesma.
Beck, dedicado a todos nós.



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cabelitos brancos

Cada vez que vou cortar o cabelo, lembro-me da meia dúzia de cabelos brancos que escolheram a minha cabeça para residir.
Quando a minha cara metade os descobriu, entrei em pânico e senti-me velho como o caraças.
Como raio é que passei dos livros de biologia do 7º ano, para um gajo que anda de fato todos os dias!?
Isto foi um instante...
Agora já lhes acho graça e dou por mim muitas vezes a olhar ao espelho, a ver se surgiu mais um.
Cá dentro, continua a viver o puto que viu a série abaixo. E sim, ainda hoje acredito que um homem pode voar. Mais do que a paz no Médio Oriente, que supostamente me deveria interessar face à idade do BI.


No fundo, o que interessa é isto

Um gajo levanta-se de manhã para aturar atrasados mentais, acéfalos, nhurros e imbecis.
Trabalha que nem uma besta, só ouve notícias de crises financeiras e demais infortúnios.
Mas no fundo, lá bem no fundo a PJ é que a sabe toda.
A chave está nos primeiros dois versos. O resto é lixo que fica à beira da estrada.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bebé

Como, tipo, houve gente, tipo a pedir, tipo, fotos da minha bebé, cá vai.
Tá? Bebé é do espaço. Tipo, linda, tipo por isso, tipo, é que tem uma estrela na cara.
Tipo, bebé é avant-garde e tal, tipo como se vê pela roupa e tal.Tipo, não liga às convenções sociais e a essas cenas burguesas. É ela, tipo ya...


O meu visual para hoje

Olha eu fofinho, com barbinha de 3 dias,cachecol a fazer contraste com o fatinho e o ar casual. Pantufinha linda.
Olha eu lindo!
À espera do meu bebé.
Só uma coisinha simples
Elegante eu!!!!
Xuac! Jinho grande tá?


Os anos 80 estavam a pedir

Para que conste, cresci à base de uma generosa ração de he-man, conan o rapaz do futuro, captain power (um dia volto a este.É tão mau que dá a volta e se torna bom...).
Um dia, hei-de ir à procura disto tudo para rever. O ulisses 31 já cá canta.
Mas, por muitas saudades que tenha destas séries, o desenho abaixo abre-me os olhos para muita coisa que me escapou na altura...



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Wall Street: Money Never Sleeps

Oliver Stone, pelo menos para mim, parece um martelo pneumático cinematográfico.
Tem um plano de acção dentro daquela cabeça, e não pára enquanto o não enfiar pelas nossas goelas abaixo.Que se lixe a subtileza do argumento, o trabalho de câmara, hipotéticos personagens.
Os "Assassinos Natos" e os "Doors" já prometiam, mas agora é que a coisa bateu no fundo.
Já tinha percebido que a crise actual resultou de uma bolha financeira que não podia continuar.
Mas enquanto cinéfilo, espero mais. Quero tudo aquilo que mencionei acima. Não quero pela enésima vez que o Oliver Stone me venha piscar um olhito maroto, enquanto comenta: "eu bem vos avisei".
Sim, já me tinha avisado no 1º "Wall Street". Revi-o com comentários do realizador e, surpresa das surpresas não envelheceu. Parou no tempo.
É triste ouvir o cavalheiro em off dizer que não se lembra o porquê de determinado plano, que podia ter feito melhor, mas paciência.
Tudo serviu para passar uma mensagem, seja estes gajos das financeiras vão-nos lixar.
O personagem do Shia LaBeouf, é o otário de serviço, sem uma história própria, personalidade. Nada...
O Gordon Gekko parece uma coisa feita à pressão, sem alma.
Aliás, arcos de história ninguém tem. Parece uma brincadeira com legos.
E lá tem o dedinho pesado na metáfora (que um gajo que faz o "Platoon"não é nenhum menino)das bolhitas de sabão feitas por crianças...
Oliver, eu percebi à primeira.Não é preciso repetir o plano 3 vezes ok?
O final, sem querer revelar muito, é de ir às lágrimas pela inconsistência face a tudo o que antes se construiu.
Numa palavra, uma merda...
Grande candidato a pior filme do ano.

domingo, 26 de setembro de 2010

Legítima defesa

No "público" de sexta feira, constava a uma notícia alarmante. De 2007 para cá, houve um aumento da violência exercida sobre os idosos.
Uns chamam-lhe violência. Eu chamo-lhe legítima defesa.
Começa a não haver pachorra para ouvir estes gajos a queixarem-se do facto de toda a gente os querer gamar, que no Estado Novo era tudo uma maravilha (tirando a fome que muitos deles se calhar passaram,os filhos a caminho do Ultramar, mas a memória é mesmo assim).
Mas muito em especial, o facto de serem muitos deles profundamente mal educados.
Dou um exemplo. Ontem, quando fui ao cinema estava à porta da sala, aguardando a validação dos bilhetes o escriba, e um casal que entretanto surgiu.
Mas isso não impediu que uma velhota muito expedita, nos passasse à frente e ala que se faz tarde.
Não tolero faltas de educação deste tipo. Donde chamei a atenção da senhora.
Uma pessoa bem educada, além de não dar azo a isto, pedia desculpa. Mas a idade tem destas coisas.Ainda me gozou, dizendo que era gravíssimo.
Recebeu a resposta esperada:
"sim minha senhora, a falta de educação é muito grave, mas ao alzheimer tudo se perdoa..."
Nunca tenho uma caçadeira quando é preciso.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um daqueles dias (2)

Só gostava de conseguir perceber, porque carga de água tenho um nó na garganta que não me passa. Tenho a sensação que o céu me vai cair em cima da cabeça...Preciso da minha caminha com carácter de urgência.

domingo, 19 de setembro de 2010

Música para os dias que correm

Dedicada a todos aqueles que, com enorme esforço e dedicação, nos meteram a todos na merda. Bem haja Goldman Sachs e demais visionários...
Não há dinheiro que pague a emocionante montanha russa onde agora andamos.


Coisas inexplicáveis

A minha cara metade recusa-se a ver filmes de terror.
Mas consegue ver o programa do Medina Carreira até ao fim. Eu a meio, já estou a suar em bica...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Resident Evil:Afterlife

Nunca tive pachorra para jogar o "resident evil". Andar a matar zombies parece-me muito bem, mas andar a resolver puzzles (uma peça apanhada num cenário é para usar trezentas salas após) não é para mim. O meu irmão acabou a série toda. Isso é lá com ele, que eu gosto dos meus jogos estúpidos e brutos.
Mas isso nunca me impediu de ir ver todos os filmes que fizeram com base nos jogos.
Porque tem zombies.
Toda a gente sabe que, qualquer coisa, por muito má que seja, resulta sempre com mortos vivos. O "sexo e a cidade" era uma obra-prima se tivesse zombies.
Os gajos podem ser o nosso vizinho do lado. A querer comer-nos os miolos.
Bem melhor que os vampiros, esses abichanados do mundo do terror...
Mas passemos ao filme. Foi realizado (e escrito) pelo Paul W.S. Anderson.
O pior realizador de cinema depois do Uwe Boll (vejam o "house of the dead" deste imbecil e depois falamos).
Anderson, responsável por dores de alma como "mortal kombat", ou "alien vs.predator", não supreende em nada com o quarto filme da série "resident evil".
O argumento é indigente, a representação de fugir-o wentworth miller que aparecia no "prison break" é oficialmente um cabotino-a banda sonora limita-se a debitar martelinhos do pior...
Mas diverti-me como um castor.
Porque tem zombies.
A levarem tiros de caçadeira em 3D.
Em câmara lenta.
Até me vieram as lágrimas aos olhos...
Para que conste, para mim o 3D não me diz nada.
Não adianta nada ao cinema.Contribui inclusivamente para retirar o efeito de profundidade.
Assim sendo, e se temos mesmo que gramar a pastilha, mais vale que seja com filmes de mortos vivos. Com os miolos a virem direitos a mim...


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um daqueles dias

Hoje foi um daqueles dias que não tem explicação.
Para o raio que parta os atrasados mentais que andam com a tatuagem dos filhos no braço e manguinha cava.É estúpido, compreendem?
Na melhor das hipóteses, vão engravidar uma gaja qualquer quando tiverem 16 anos.
Na pior, espetam convosco num lar daqui a uns anos. E lá ficam vocês,tatuagem enrugada à vista, com um fio de baba ao canto da boca, a ver o preço certo até ao final das vossas improdutivas vidinhas.
E não é por poderem abrir a cloaca a que chamam boca e berrar a plenos pulmões, que passam a ter razão.
Que se lixem as velhotas a cheirar a naftalina, que não dormem. Vampiros do avesso, que disparam de casa assim que o sol desponta para chatearem o parceiro. Desconfiadas com tudo e todos.
Façam-me um favor.
Metam-se numa carripana para Fátima por exemplo, e espetem-se por uma ribanceira abaixo.
Que se fodam os vossos filhos ranhosos, que mexem em tudo o que não é deles. Sem um de vós, meus cabrões abrir a boca para ralhar com eles.
Estou-me nas tintas para as supostas minorias, que tentam enganar toda a gente quando recebem graveto que implica troco.
Não me apareçam com as vossas nails que custam um balúrdio, todas sujas nas pontas, com madeixas louras feitas em vão de escada. A miarem que não têm dinheiro para nada.
Fodam-se, fodam-se, todos.
Por uma vez na vida desamparem a loja e não me gastem tempo de vida que não volta.
Esta que segue, é para todos vós.
Chama-se "self-immolation". Pensem nisso...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ideias parvas

Li hoje no jornal que, para comemorar o 11 de Setembro, uma congregação religiosa nos Estados Unidos vai queimar 2000 exemplares do corão.
Que horror, estão agora muitos a pensar. Isso na Europa nunca aconteceria!
Não se faz uma coisa dessas cá, porque a gasolina está pela hora da morte...
Puxar fogo a esta treta ainda dá despesa.
Não deve faltar malta deste lado do lago, que não tenha a mesma intenção, acreditem.
Acho giro. A justificação que estes imbecis dão, é sempre a mesma: "deus mandou-me!"
Uau! Quando estes gajos ouvem deus, só lhes aparece ideias de merda.
"Larguem-me, que tenho que ir dar de comer a este grupo de sem abrigo.deus mandou-me!". Não, é só ideias destas.
Deus parece aquele colega estúpido que tínhamos no liceu: "'Bora fumar três charros, mandar duas garrafas de vodka abaixo. E vê lá se temos guito para ir às gajas..."
Não sei se repararam, mas as torres foram deitadas abaixo por aviões. Se fosse com livros, ainda lá estavam os tipos, com as costas num estrago a mandar calhamaços de encontro aos prédios.
Façam as coisas como deve ser ok?

O primeiro anónimo!!!

Parabéns ao leitor que deixou um comentário no post abaixo!
É o 1º anónimo a passar por cá.Contentinho ããh?
Lamento, mas não há prémio...
Acho triste vir insultar as pessoas de forma anónima.Isso também é tipicamente tuguinha.
Obviamente que respeito a vida humana.
No entanto, não nutro admiração por quem sorve a desgraça alheia e pensa: "que bom que sou", não me estampei num autocarro. Era uma piada. É o meu sentido de humor...
A sério, são bem vindos, todos vós.
Anónimos a chatear, não vale a pena.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E é isto um noticiário, portanto....

Hoje ao almoço, fiquei de frente para a tv no restaurante.
E, em todo o seu esplendor, vi o noticiário da sic.
Então parece que o acordão da casa pia não saiu.Caraças...
E a selecção de futebol levou na tromba lá fora. Porra...
E agora, falamos de quê? Um gajo tem que enfrentar a realidade, assim sem escapatória?
Ah!Afinal,parece que um autocarro se estampou em Marrocos.Com tuguinhas!!Que sorte.
Ufa!Já temos desgraças para nos colocar dormentes. É uma espécie de valium que passa pela gargantita sem água.
Em rodapé, passava a mensagem: "passageiros descrevem cenário de horror".
Pois, quando um autocarro se estampa, não costuma ser bonito...
Parece que as bagagens se baralham todas, e o shaker com o martini se estampa no chão...
Cruzes, que parvoíce pegada...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Há dias assim

Não sei porque, hoje veio-me à ideia o dia em que fiz dezoito anos(assim por extenso).
Ocasião em que oficialmente, passamos a ser adultos perante os outros.
A verdade é que não guardo grandes recordações da minha infância e adolescência.
Sempre me senti um bocadinho deslocado do que me rodeava, com a sensação muitas vezes, de estar fora de mim mesmo. De ser uma folhita de celofane, ocupando pouco espaço para não ser notado.
Na adolescência, acho que abusei de muitas coisas, e prescindi em absoluto de outras.
Das que abusei, não tenho grande vergonha. Já tive,muita.
Agora (hoje?) já não.
Os exageros contribuiram para construir a pessoa que hoje sou. Com os defeitos que sei que tenho, e que, com um cinismo pragmático, muito me orgulho.
As eventuais virtudes, ficam para vossa consideração.
Quanto às que prescindi, tempus fugit.Paciência...
No dia em que fiz dezoito anos, levei o dia quase a trepar pelas paredes. A sentir que tinha desperdiçado a mítica idade inconsciente. Vi a "força delta" e a "fúria no bairro chinês".
E fartei-me de roer as unhas. De tentar fumar pela primeira vez, e até nisso falhar.
Uma merda absoluta portanto.
Adulto!? E o que se espera que faça agora?Que seja sério, maduro, formatado?
Lamento, mas ainda hoje não consigo. Por muito mal que me tenha corrido a infância,tenho mais respeito pelo sofrimento amoroso de um puto de dez anos, do que pela economia mundial. Desculpem o termo, mas que se foda a economia mundial.
Essa, há-de cá andar muito tempo depois de irmos embora. O amor aos dez anos, vai connosco.
Nesse dia, em que completei dezoito anos, mais do que em todos aqueles que o precederam, senti-me só.Não é "sentir-me sozinho". É ter um peso no peito, uma angústia que ainda agora, ao escrever, lembro perfeitamente.
Com um medo incrível de morrer.
Só queria,desejava, do fundo de mim mesmo, escrever o grande livro que o mundo esperava.
E estoirar os miolos a seguir, só para chatear. Paradoxal certo?
No dia em que me apanharem a ser coerente, deixo de ser eu...
A primeira vez que ouvi esta canção, senti que descrevia tão bem a solidão que sentia, que me arrepiou. Como muita coisa dos smith ou do lloyd cole por exemplo.
Escutei-a de seguida umas dez vezes, sem exagero.
Já sei porque me veio à cabeça tudo isto. Os leitores de mp3 não deviam ver com modo "random". É uma roleta russa sentimental.
Hoje só a ouvi cinco vezes. Para matar saudades.
Auf wiedersehen adolescência. Até ao dia em que voltar a ouvir qualquer coisa que acorde o monstro...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Múxica Xenxual (5)

Isto é lindo. É uma obra prima.
Adoro os Divine Comedy, todas as canções que deitaram cá para fora.
Mas esta em especial... A sério, quem não sentir um arrepio no pescoço ao ouvir esta melodia, quem não se deliciar com a filigrana que é a letra, não pode estar vivo.
É um zombie que para aí anda...



Casa Pia

Esperei alguns dias desde a fabulosa sessão de circo da passada sexta feira, para vir mandar umas larachas sobre o tema acima.
Estes dias foram importantes, para digerir o que li sobre o assunto (em blogs por exemplo) e o que ouvi na rua.
Constatei duas grandes observações, a saber:

1) Não acredito que sejam culpados, em particular o carlos cruz;

Oooora bem! Esta fez escola, em particular na net, onde pessoas de alto gabarito "bloguístico", vieram a terreno afirmar que, não se bastam com o facto de um tribunal vir, através de acordão (no caso vertente),determinar a culpa de um arguido.
Falai de sapatos e malas!
Não se metam no que (obviamente) não percebem...
Caso não tenham reparado, ainda vivemos num estado de direito. Com orgãos de soberania. Com uma constituição, leis penais e de processo penal.
Que determinam o catálogo de crimes existentes, delimitam fases processuais com finalidades próprias.
Enfim, que preceituam a prova e a sua recolha.
Vir afirmar o exposto acima, é no mínimo, uma barbaridade de todo o tamanho. É deitar fora quase 300 anos de evolução ética e jurídica.
Sem se pensar, e da boca /tecla para fora, escolhe-se viver na selvagaria.
Pode haver um erro judicial? Pode.
Porque a lei é aplicada por homens, e felizmente não somos máquinas.
Mas até aí, a lei prevê mecanismos. Recursos entre outros.
Não me parece que a comunicação social dê tantas oportunidades quando quer dar cabo da vida de alguém...
Justificar "isto", com o facto de o carlos cruz ter feito programas, acompanhado com botas de plástico fofinhas (donde e óbvio que nuuunca poderia praticar um crime) dá-me dó.
Nem é nojo, é dó...


2) Já eram crescidinhos, sabiam ao que íam;

Esta é outra linda. Particularmente quando vem da boca de quem é pai.
E os filhos de Vexas, sabem ao que vão quando desembocam em santos por exemplo?
Aí são as companhias, claaaro
Obviamente os filhos de Vexas são seres humanos topo de gama.
Melhores que a escumalha que abunda na casa pia.
Porque vivem com uma família. Não tiveram o azar de viver ao cuidado de uma instituição, onde muitas vezes, e por muito boa vontade que exista, são números, não pessoas.
Para darwinismo social, estamos conversados.
Dá-me vontade de perguntar a estes acéfalos, se as filhas pesam mais de 30 kilos e fazem sombra.
Se calhar não gostavam, pois não?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não façam mal ao homem!

Quando era míudo, e me perguntavam o que desejava ser na vida, dizia que queria ser reformado. Via os gajos a andar de um lado para o outro, a apanhar solinho, sem fazer puto.
E ainda recebiam por isso!
Quando cresci mais um pouco (para aí no ano passado), descobri na realidade que pretendo ser vítima de síndrome de tourette. Berrar o que me passa na mona, e poder dizer a seguir que padeço de uma condição...
Ainda não percebi como é que a coisa se desenvolve, mas até conseguir, estou continuamente em treinos.
Isto tudo para chegar ao futebol, e ao Carlos Queiroz em particular.
Ora bem, não percebo nada de bola. Descobri o que era um off side (?), porque uma amiga me explicou.
Sei que o Ronaldo, como eu é português. Como Portugal é um país pobrezinho, temos que partilhar recursos. Eu fiquei com o cérebro, o gajo com os pés e o dinheiro.Enfim...
Na semana passada, descobri que o "mister" Queiroz vai ser suspenso porque sugeriu que um outro cavalheiro tivesse algo de mais íntimo com a mãe.
Mas lá está, a dica foi dada de uma forma criativa.
Isso é de louvar. Nos dias que hoje correm, é isso que nos pode distinguir dos demais. A criatividade.
Mas não, toma lá castigo!
Dou um exemplo pessoal.
Posso dizer: "Quero que aquele gajo se f$%&!"
Qual é a graça disto?
Vejam agora alternativa que me surgiu de repente, em contexto laboral:
" E se aquele gajo se fosse f%&#", montado num c#)%(&?, forrado a arame farpado? E depois bata palmas, o grande c"&(@?"
Ora bem, perceberam o ponto onde quero chegar?
Ofende sim senhor, é novidade, e ainda provoca assobios de respeito no auditório pela imagem criada.
Dá-lhe Carlos, não desanimes...

O que era necessário

Muito se fala na revisão constitucional, mas a coisa não vai ficar por aí.
Chegou-me às mãos o projecto de alteração ao código penal, com as actas da comissão revisora.
Basicamente, introduz-se um novo título, o VI, lugar de destaque, pois surge a seguir ao preceituado no título "Dos crimes contra o Estado". Veja-se,assim, a importância do tema. E que tema é este, pergunta o leitor intrigado?
Vejamos então, desde já o 1º artigo:


Título VI
Dos Crimes de Lesa Doutor

Capítulo I
Da delimitação de Doutor

Artigo 387º
Conceito de Doutor

1-Para efeito da lei penal, considera-se doutor toda aquela pessoa de bem, porte altivo, e sentido de si próprio sobre todos os demais.

Comentário:
A introdução deste novo título, a seguir aos crimes contra o Estado, prova bem a importância que o legislador confere ao tema. A figura de doutor constitui algo superior à própria comunidade nacional, devendo esta submeter-se - em caso de conflito de interesses - aos desejos do primeiro.
Nem tal poderia ser diferente nos dias que hoje correm, com a falta de padrões de conduta que a todos nos vexam.
O doutor é, na acepção do texto, um farol ético que deve nortear todos os demais.
Nota-se na definição um certo padrão derivado do existencialismo. O doutor é!
A sua existência basta-se com o sentido de si próprio.Os outros que se amanhem...
No aforismo do autor romano Teutónio:
"is liberalis est non fimus! is liberalis est vero a valde maximus vir."
(este cavalheiro não é um merdas!este cavalheiro é um doutor.)


2-São sinais indicadores da condição de doutor:

a) o cabelo puxado para trás com gel;

b)ter três filhos, alourados e com ar de parvo. Os filhos poderão ter nomes como Constança, Carminho, Salvador ou Bernardo;

c)ser condutor de automóvel de grande cilindrada, conduzindo como um selvagem no meio do trânsito;

d) ir regularmente à tourada;

e) ser gestor de uma pequena empresa, com todos os colaboradores a recibos verdes e sem descontos legais;

f) ser gestor de uma pequena empresa e portar-se como se fosse dono da microsoft;

g) andar com os saldos bancários e cartões de crédito nas lonas e ir ao banco berrar com os funcionários porque não lhe pagaram a luz;

h) andar de polo ao fim de semana;

i) ir aos concertos dos Supertramp, ou outra banda qualquer, a quem já ninguém no seu pleno juízo liga;

j) ser contra o aborto, a menos que a filha Carminho engravide do Thomaz;

k) exigir ser tratado por doutor ou engenheiro, com o 12º ano por acabar;

Comentário:
Este elenco é meramente indicativo, como prova a expressão "indicadores".
Nem a própria lei poderia limitar um doutor.O doutor faz o que lhe dá na telha e acabou, ponto final.
Não obstante, podemos facilmente, face ao elenco, constatar empiricamente vários doutores na rua. Cuidado pois...