domingo, 27 de junho de 2010

Todos nós conhecemos alguém assim

Houve uma altura, em que costumava ir à praia com um primo meu, que era um verdadeiro filho de Alfama.
Os tiques todos que possam imaginar de alguém originário desta pitoresca zona de Lisboa(frases acabadas em "meu querido", cigarro ventil ao canto da boca), o gajo tem.
Escusado será dizer que andar com este tipo era um fartote de riso. Só o facto de lembrar-me das tácticas de engate do artista, traz-me um sorriso que me vai levar pelo menos meia hora a passar. Sim!!! O homem usava o truque da toalha que lança areia, o encontrãozinho ao entrar na água.
A imortal "é a tua mãe? podiam ser irmãs!!". Ou a sublime "não sabia que cresciam rosas na areia".
Numa noite de copos, apanhei a criatura a meter conversa com uma rapariga num bar, com esta entrada:" É pá, contigo ao pé, não posso beber cola! Docinha como és ainda apanho diabetes..."
Eu estava lá ok? Juro que é verdade.
Um dia, apanho o gajo a cantar isto enquanto descíamos para a praia. Perante o meu choque, explicou-me a lógica da escolha musical nesta pérola de sabedoria: "Meu querido, eu gosto daquilo que o gajedo gosta. Se der para marchar..."
Bem haja querido primo!
Esta é para ti...



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Há coisas que não entendo

Tenho para mim, que cada um faz o que lhe der na telha no âmbito da vida privada. Desde que não me venham chatear, encantado da vida.
Mas há coisas que me custam a entender. Fiquei de boca aberta quando ouvi um caramelo afirmar ter como fantasia a prática de "swing". Já de si é informação a mais para o meu pobre cérebro processar. Mas afirmar que pretende colocar tão singelo desígnio em prática sem envolver a esposa, é...estranho.
Das duas uma, ou eu não percebi o conceito de "swing", ou o gajo quer pura e simplesmente enganar a cara metade.
Giro era o tipo chegar a casa e ter as malitas à porta. Aposto que deve ser a fantasia da mulher dele.

Isto é deprimente

Quem me conhece sabe que não gosto de futebol. 22 maduros a correrem de um lado para o outro num relvado, com uma bola à mistura, não me convence de maneira nenhuma.
Como sou um homem sensível, prefiro boxe...
Mas tive agora um momento digno de um romance do Lobo Antunes. Vi 5 minutos do Portugal-Brasil (ou Brasil-Portugal, sei lá...) numa cave de um café de Moscavide, com um polícia de trânsito sentado na mesa ao lado da minha, a emborcar cerveja preta. E a berrar como um possuído.
Feito isto, voltei ao trabalho, a fazer pela vidinha, enquanto canto Guns N' Roses a plenos pulmões. Cada um é para o que nasce...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Porque as coisas tendem a repetir-se (2)

Faz hoje precisamente 70 anos que o campo de concentração de Auschwitz-situado em antigos barracões do exército polaco-começou a receber os primeiros prisioneiros. Um ano depois, e dado o aumento exponencial da população encarcerada, Auschwitz foi alargado, construindo-se por ordem directa de Himmler o campo de Birkenau.
Foi neste dois campos que se começou a usar o Zyclon-B, em prisioneiros de guerra russos e em judeus.
E assim começou um dos maiores massacres que a História registou...
Para quem esteja interessado no tema, sugiro dois livros muito bons.
Sobre a política de extermínio temos o "The years of extermination-nazi germany and the jews 1939/1945" de Saul Friedlander.
Para se ter noção do horror que era viver neste inferno: "The children of Belsen" de Hetty Verolme.
Às vezes é necessário lembrar que sim, isto aconteceu mesmo...

Para quem não gosta de futebol

e está a trabalhar que se lixa, aqui vai uma pequena contribuição para aliviar o stress...



segunda-feira, 14 de junho de 2010

A melhor foto que tirei



Ok, acho que ainda não é hoje que começo a dissertar sobre a última viagem de férias.
Sobre o que gostei muito e o assim-assim.
Mas é mais forte do que eu.Tive que colocar esta fotografia já hoje.
Atendendo ao que me passou pela cabeça na altura, acho que consegui o que queria. Não vou comentar o que fiz, se a fotografia é boa ou má. Fica para vocês esse trabalho. Penso só que tive sorte em estar onde estava, com a máquina a postos...

domingo, 13 de junho de 2010

Hoje vim de viagem

...mas como estou a colocar as fotografias e a cabeça em ordem, deixo-vos hoje uma bela melodia dos Nine Inch Nails. Fizeram-me companhia durante a viagem para o destino. Adoro estes gajos!!!
Vamos esquecer por momentos o Marilyn Manson pode ser?


terça-feira, 8 de junho de 2010

Porque as coisas tendem a repetir-se

"Em primeiro lugar, o cérebro jovem não deverá ser sobrecarregado com temas que, em noventa e cinco por cento das vezes, não terão utilização prática (...)"


Para quem se esteja a perguntar pelo autor da frase acima, começo por referir que a mesma não veio em nenhum jornal recente, nem em nenhum blogue, nem foi proferida na televisão.
O excerto em causa foi publicado em 1926, escrito por um tal Adolf Hitler. Sim, o do bigodinho castiço, no mein kampf.
Tenho um fascínio com o período histórico que vai de 1933 até 1945 que não vos passa pela ideia. Comecei como muita gente, acho eu. Os nazis dão uns vilões janotas em cinema. É só ver o Indiana Jones que se percebe o potencial da coisa.
Mas depois veio a curiosidade em tentar perceber quem era aquela gente, como diabo é que uma criatura com ar ridículo arrasta um país inteiro, provoca uma guerra e de caminho lixa milhões de pessoas.
Vai daí, comecei a comprar sem me aperceber livros em barda sobre a 2ª Guerra Mundial. Sobre o curso da mesma e o que esteve na origem do nazismo. Surpresa das surpresas, desemprego em barda, fome, falta de esperança.
Li uma biografia do Hitler de quase 800 páginas e devo dizer caros amigos que fiquei na mesma. Não consegui conhecer a criatura. E isso é assutador.
Ontem, lá arranjei coragem e comprei o mein kampf. Já agora queria perceber do ponto de vista lógico, o que estava dentro daquela cabeça. Do pouco que li até agora, devo confessar que parecem os delírios de um louco. Mal escrito, com contradições de parágrafo em parágrafo. A atacar tudo e todos sem argumentos lógicos ou provas.
E volto a pensar que "isto", o que aconteceu nos anos 30 e 40 do século passado, já não pode voltar a acontecer. Porque crescemos enquanto comunidade. Temos a ONU e a União Europeia.
Mas depois lembro-me das limpezas étnicas na antiga Jugoslávia. E já existia ONU. Já existia uma "comunhão europeia".
Lembro-me da desconfiança com que agora todos nos olhamos na União Europeia.
Vêm-me à cabeça os atropelos mais básicos ao poder judicial e à liberdade de imprensa em Itália.
A maneira como se trata a educação como algo descartável, sem rumo aparente nos programas de ensino. Na apatia dos putos face ao que os rodeia.
O desemprego a subir constantemente, o desespero a voltar ao de cima.
E então sim, fico assustado.

domingo, 6 de junho de 2010

Faltam cerca de seis meses bem sei

...Mas a verdade é que não aguentava esperar tanto tempo para partilhar com quem passa por aqui, a versão do "silent night" pelos Manowar. Estes gajos existem mesmo, não são fruto da minha imaginação...




Após ver o vídeo, podemos constatar os verdadeiros valores do Natal. Latagões em pose de guerreiro viking gay, capas de albuns apelando a cabeças cortadas, e imagens de senhoras em posições menos próprias.
FELIZ NATAL PARA TODOS!!!

sábado, 5 de junho de 2010

Porque estas coisas andam aí pelo mundo

Apesar de gostar bastante de "metal" (nem todas as subcorrentes por igual, o Black metal cansa-me às tantas), é preciso confessar que este género musical é responsável pela capas mais hilariantes da história.Os nomes dos albuns tambêm não ajudam, mas é a vida...




(Saxon; "Innocence is no Excuse")






(Manowar; "The Triumph of Steel")

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Agora sim posso fazer isto

Visto que já passou em Portugal o final do "Lost" , posso colocar o video abaixo.
Só o Nelson Muntz para comentar desta forma uma "pratical joke" que durou 6 (seis anos) a concretizar...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Isto já andava atrasado!

Ok, tenho que começar a colocar as apreciações cinematográficas em ordem.
Assim, e sem qualquer rigor cronológico vou já despachar um dos filmes que vi recentemente. Com a vossa licença, cá vai:


"Pesadelo em Elm Street" (2010)




Para mim, em termos de personagens de terror, existe a santíssima trindade (drácula, lobisomem e o frankenstein) e alguns quantos que lá se aproximam. O freddy krueger é um destes.No comentário feito no dvd, (e que se recomenda vivamente, do ponto de vista técnico e pequenas estórias que envolveram a filmagem) Wes Craven afirma que chegou ao personagem por acaso. Um dia, ao ler o jornal, descobriu uma notícia sobre vários adolescentes que morreram inexplicavelmente durante o sono.
Isto somado ao facto de o brutamontes da escola primária do cavalheiro se chamar freddy, e o encarregado dos jardins da instituição usar uma camisolinha igual à do krueger serviram de inspiração a esta pérola do cinema de terror.
É giro ver como o "Pesadelo em Elm Street", comenta a natural desconfiança dos jovens para com os adultos. São dois mundos paralelos, que nunca se tocam apesar de laços familiares/afectivos. Não existe uma verdadeira empatia, só a dúvida de parte a parte.
Se já à partida o facto de existir um adulto (que nunca se percebe bem se é pedófilo ou não) que liquida os traços de juventude, muito por culpa de erros passados de outros adultos-morto por uma multidão enfurecida- é assustador, o facto de surgir em sonhos (espaço último de protecção individual)torna-o um achado fabuloso.
As sequelas, tirando a parte 3, foram sempre a descer, até o personagem ficar ridículo.
Esquecidos os anos 80, eis o remake, re-invenção, o que quiserem chamar.
O mundo clamava por outro filme com o freddy krueger? Não, nem por isso.
O remake acaba por não arriscar nada (as mortes parecem um best of do original), não acrescenta algo novo à mitologia. Pelo contrário. Sem querer entrar pelos spoilers, o krueger é pão pão, queijo queijo...
Não ofende, mas tambêm não era necessário...

Hoje é dia da criança!!!! Iuppii!!!

Hoje é dia da criança, aparentemente. Só pode ser por razões de celebração masoquista, porque cada vez que ando na rua e vejo putos a dominar por completo os pais (e por inércia destes toda a gente que os rodeia), chego à conclusão que todos os dias são dedicados àquelas criaturinhas...
Gosto de crianças. Mas por pouco tempo, depois é proceder à devolução para quem de direito. Às tantas atrofiam-me e só me apetece atirar-me de uma janela abaixo.
É giro, mas neste dia só me consigo lembrar dos vários amigos que por força das circunstâncias vão encostando à box e acabam por gerar prole. Vezes tenho em que, ao falar com eles, noto um atrofiamento face ao resto da vida que me entristece. Acaba por ser tudo em função dos meninos. A sério, pelo menos para mim que não guardo grandes memórias da infância, parece-me isto tudo um exagero.
Para todos aqueles que embarcam nessa maravilhosa viagem de sedimentação por força das crianças, cá vai uma cançãozinha janota.