quarta-feira, 4 de maio de 2011

E pachorra para aturar isto!?

Ao ouvir determinadas pérolas fico convencido que o Estado devia criar um imposto especial para escritores que pretendem ser "descobertos".
Deve ser possível criar um programa de computador que devasse (sim, medi a palavra)tudo quanto é equipamento informático deste país. Ao mínimo indício de um manuscrito merdoso: TAU! PAGA!
Mas acaba por não ser preciso. Esta malta gosta de se gabar do que vai trabalhando (a muito custo e durante anos porque aquela merda vai ser o romance do século) em casa.
É pá, bem sei que pelo facto de ter um blog onde vou escrevendo umas coisas me podia colocar numa situação em que a crítica me viesse direita à testa tipo boomerang.
Escrevo tão só porque preciso de desabafar.
Ainda bem que aparecem pessoas a ler.Fico feliz com isso. Mas não sou nenhum Cardoso Pires nem o pretendo.Adiante.
Tudo isto para chegar à maravilhosa ideia que uma pessoa que conheço insistiu em partilhar comigo.
Preparadinhos? Então cá vai!
Chama-se " O espírito à chuva". Ora aqui está classe. Se tem a palavra espírito promete profundidade. E a chuva diz que puxa pela melancolia, pela meditação.
Trata-se de uma bonita estória protagonizada por um fazendeiro branco que se apaixona por uma escrava negra em plena Angola nos finais do séc.XIX.
Claro que ninguém apoia de parte a parte este amorrrrrr proibido. Mas insistem, os amantes.
Enfim, a gaja engravida e morre a dar à luz. Numa terrível noite em que uma monção se avizinha. Uma-monção-em-Angola...
(suspiro)Façam a merda da pesquisa ao menos. Monções em Angola!?Da-se...
Voltando à estória. O gajo fica sozinho com um puto nos braços, passa-se dos carretos e vai para o mato viver com os nativos. É de imediato aceite pelo feiticeiro da tribo (conveniente)que o treina para ver a falecida quando chove e o gajo precisa de apoio espiritual.
Uma espécie de Obi-Wan Kanobi que depende dos elementos.
Não perguntei, mas quando está sol o gajo deve ter uma depressão de criar bicho.
Depois mete sonhos com cavalos brancos a correr na praia e uma série de merdas que a minha cabeça não conseguiu decorar.
Aparentemente a coisa já vai em quatrocentas páginas e sem fim à vista.
Deus nos ajude...

3 comentários:

Hipatia disse...

E os manuscritos fechados em gavetas de secretária ou em velhas disquetes ou até em CDs regraváveis? Vá! Imposto nisso tudo. Mas desde que não te esqueças de triplicar o dito se alguém propuser mais um livrinho baseado num blogue. Vale?

I. disse...

Quatrocentas? Apre! Isso atirado com pontaria ainda mata alguém.

dumb witness disse...

Hipatia:Livrinhos baseados em blog!!!Aí está toda uma potencialidade de negócio!Pins, T-shirts, séries de tv...

I: E parece que ainda não está completo.A autora não sabe como acabar a obra.
Eu avanço com uma ideia.Atirá-lo pela janela...