sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Não custa nada

Ontem voltei a ver uma senhora sem abrigo que me chamou a atenção outro dia.
Lá estava no seu cantinho com a roupinha toda dobrada. O mais apresentável possível.
Passei por ela e lembrei-me de lhe perguntar se queria algo para comer.Um pouco a medo, pois não queria invadir a sua privacidade.
Sim amiguinhos. Privacidade e sentido de si.
Tanta gente a andar por aquele passeio e ninguém olhou sequer para aquele Ser Humano.
Não sou melhor que ninguém e tenho enormes defeitos.
Mas num planeta com 7 biliões de membros de uma espécie animal (lamento a frontalidade para quem pretende ser pai ou mãe.Já somos muitos e a Terra está farta de nós. Adoptem.)que se orgulha do facto de ser possuidora de razão, estamos muito mal.
Não me orgulho, nem me arrependo do que fiz. Emocionalmente é-me indiferente.
Foi algo necessário.
Limitei-me a ajudar outra pessoa que precisava de mim. É lógico e racional.
Até os pardais fazem isso entre eles. Experimentem um dia, não custa nada...

3 comentários:

Precis Almana disse...

E ela pediu-te o quê? Comida ou cigarros? (cada um pede aquilo que é mais difícil que lhe concedam, imagino que te tenha pedido cigarros. Ou dinheiro, mesmo).

dumb witness disse...

Não me pediu nada Precis.Estava só a um cantinho muito encolhida.Parecia fora do tempo e do espaço...

Precis Almana disse...

Ah, "li" que lhe havias perguntado se ela queria alguma coisa (mas o cansaço ontem era tanto, que li mal...