Desde que a "K" acabou, que me sinto um bocadito orfão.Foi uma revista que nunca pensei ver neste portugalzinho cinzento.Os textos do Quevedo, do Esteves Cardoso, do Vasco Pulido Valente...
E as fotogarafias, lindas de morrer.
No dia em que saía um novo número, era garantido que pelo menos uma das aulas de liceu fosse pautada por falta disciplinar. Desatava a rir que nem um perdido, o que aparentemente é chato para um professor.
Assim que a "K" deu a alma ao criador, tenho procurado a sua legítima substituta.
Hoje, e motivado unicamente pelo aspecto gráfico da coisa, comprei o 1º número de um objecto (à falta de palavra melhor) chamado "chicote".
Bem me lixei...
O editorial está cheio de pérolas como "a cápsula de espaço-tempo em que vivemos a nossa ilusória eternidade (...)".
As colunas de opinião parecem ajustes de contas primários, cheios de tricas dignas de blogs de miúdas de liceu.
Isso ou pessoas tão cultas quejálerabressoneadílialopesboracitaràbravaesemsentidomeu deusqueespertaeintelectualqueeusou.
Pretendem supostamente combater elites culturais, mas não reparam na trágica figura que fazem. Chamam a si o papel de (eventual, suposta) nova elite.
Não tratem o leitor como parvo se não tiverem pinta para isso. O Quevedo estava cheio dela. De outra forma é ofensivo e boçal.
A "chicote" é um gozo a ela própria.
Chicotada foi o que levei na carteira.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
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1 comentário:
Eu desde que vi uma revista chamada chocolate e que não era sobre o dito, mas sobre pessoas em tons de castanho, deixei de acreditar no mundo editorial português. Não se faz isto a uma apreciadora. Brutos.
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